[FILME] Mato Sem Cachorro

Filme: Mato Sem Cachorro
Ano: 2013

Sinopse:

Deco (Bruno Gagliasso) vive jogado no sofá de sua casa, apesar de ter bastante talento com a música. Um dia, ele encontra dois grandes amores de uma só vez: a radialista Zoé (Leandra Leal) e o cachorro Guto, que desmaia toda vez que fica muito animado. Não demora muito para que o trio viva como se fosse uma família. Só que, dois anos depois, Zoé termina o namoro, fica com a guarda de Guto e ainda por cima arranja um novo namorado (Enrique Diaz). Motivos mais do que suficientes para que Deco fique revoltado e prepare uma vingança: sequestrar Guto. Para tanto ele conta com a ajuda de seu primo Leléo (Danilo Gentili).
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Como é bom ver o cinema brasileiro se renovando e mostrando que nem só de palavrão e tiroteio se faz um bom filme. Fui assistir "Mato Sem Cachorro" na sexta-feira, comemorando meu aniversário com algumas pessoas e, sinceramente, não me arrependi nem um pouco. 

Com uma premissa que pode ser clichê e um tanto batida, o filme consegue dar as reviravoltas necessárias para te fazer rir com momentos hiper cômicos, clichês ou românticos. Com um elenco maravilhoso como esse, não fica difícil fazer o filme se desenrolar sem nenhum problema. Bruno Gagliasso e Leandra Leal mostrando uma química perfeita e sendo amparados por um elenco de apoio de peso. 

Sem dúvida alguma o destaque fica para Danilo Gentili (e para as pequenas participações de Rafinha Bastos e Paulinho Serra). O comediante/apresentador estreia nas telonas e talvez seja um dos grandes motivadores para que muitas pessoas estejam indo assistir. Com piadas ótimas e explorando a famigerada rixa entre cariocas e paulistas, Leléo acaba roubando a cena em diversos momentos, ditando o tom cômico por completo.

E pra quem achou que os elogios fossem parar no elenco, se enganou. O roteiro, a direção e a trilha sonora merecem destaque. O primeiro por ter conseguido explorar, como disse, uma história que poderia ser muito clichê de uma forma mais engraçada e leve. O segundo pelo árduo sacrifício, afinal dirigir o Gentili não deve lá ser muito fácil (hahaha). Pedro Amorim fez um trabalho sensacional em sua estréia. O terceiro pelas escolhas sensacionais de trilha; temos de Sidney Magal à John Lennon, passando por Michel Teló e mostrando que isso é Brasil, essa mistura de tudo e todos.

Depois de sair da sala de cinema, te garanto que ainda estará rindo e comentando as piadas só para rir mais um pouco. Que venham mais filmes assim, sem dúvida. E que venha mais Danilo Gentili, que se mostrou ser ótimo ator à sua maneira.