Título Original: Why We Broke Up
Editora: Companhia das Letras
Autor: Daniel Handler
Páginas: 368
Sinopse:
Min Green e Ed Slarteron estudam na mesma escola e, depois de apenas algumas semanas de convívio intenso e apaixonado, acabam o namoro. Depois de sofrer muito, Min resolve, como marco da ruptura definitiva, entregar ao garoto uma caixa repleta de objetos significativos para o casal junto com uma carta falando sobre cada um desses objetos e do episódio que ele representou, sempre acrescentando, ao final, uma nova razão para o rompimento. Essa carta é o texto de Por isso a gente acabou, que é, assim, carregado de um tom informal e tragicômico - características da personagem - e traduz com um misto de simplicidade e profundidade a história de uma separação. Imerso neste universo adolescente, o leitor conhecerá a divertida personalidade de Min, uma garota apaixonada por filmes cujo sonho é ser diretora de cinema, e as idas e vindas deste romance, desde o dia em que os dois conversaram pela primeira vez até o instante em que tudo acabou.
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Está declarado a maior decepção do ano e quem sabe de toda minha vida literária. "Nossa, mas o livro é tão ruim assim?" Em parte sim, mas a grande responsável por essa decepção é a alta expectativa que tinha com essa história. O fato de ser escrito em forma de carta e com seus lindos desenhos e sua promessa de ser tragicômica chamou e muito minha atenção, mas no final acabamos com uma carta confusa, grande, sem nem uma parte cômica e que salva apenas pelos ótimos desenhos.
"Eu queria ficar te olhando para sempre, ou dormir ao seu lado para sempre, ou dormir para sempre e você ia acordar e ficar me olhando, qualquer coisa assim para sempre."Para piorar as coisas pro lado de "Por Isso A Gente Acabou", Min e Ed parece ser um casal totalmente sem graça e, mesmo se tratando de uma história de término, eles não tem química nem sequer parece ser um objetivo mostrar que um dia tiveram. Um romance forçado que é empurrado à força ao leitor, que provavelmente vai preferir a relação de Min com seu amigo, Al.
Claro que o clichê tinha que estar presente e, como se não bastasse o casal chatinho, ainda temos um final previsível e desanimador. Talvez o mais desanimador de tudo. Pareceu-me que ficou em aberto coisas demais e o "Com amor, Min" ainda não me desceu e eu fiquei caçando uma página que pudesse constar fora da carta de término, mas era apenas uma ideia louca da minha cabeça. A carta acabou, o livro acabou, o encanto pela história se foi... aliás, desde muitas páginas atrás.
"(...)o negócio de ter o que o seu coração deseja é que o seu coração não sabe o que deseja até aparecer."Além de principais fracos, o autor criar secundários bem intragáveis como Joan, a irmã de Ed que trata Min com aspereza e uma certa ignorância suave. Acho, sinceramente, que o único personagem que me agradou foi justamente o que menos apareceu: Al. E só me agradou devido ao seu jeito de pensar, sem ter uma opinião formada sobre tudo.
O livro torna-se chato enquanto faz referência e citações de filmes antigos e pouco conhecidos e, quando achamos que isso não prejudicaria a história, chega aquela famosa hora do "cansei" e você passa a se irritar com a quantidade ridícula e desnecessária de citações à diretores, atores e filmes. (e essas referências são à filmes que nem sequer existem! *obrigado Luara, do Estante Vertical, por essa informação*)
O que salva o livro de um total desastre são as lindas ilustrações de Maira Kalman, o que ainda faz com que "Por Isso A Gente Acabou" continue sendo um dos livros mais bonitos da minha estante (em sentido gráfico). Quanto à tudo, se me perguntar o que eu achei afinal, poderia responder como Al e acho que seria uma resposta satisfatória: não tenho opinião formada.
