[LIVRO] A Menina Que Roubava Livros

Título: A Menina Que Roubava Livros
Título Original: The Book Thief
Editora: Intrinseca
Autor: Markus Zusak
Ano: 2005
Páginas: 499

Sinopse: 

Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, "O Manual do Coveiro". Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes.

E foram estes livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de rouba-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto a sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar.

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"A Menina que Roubava Livros" sempre transitou na minha lista de leitura, principalmente devido às boas críticas que tinha lido, mas sempre foi meio que empurrado pro lado. Que grande idiotice!

Simplesmente não sei como explicar, mas a história da doce Liesel Meminger mexeu muito comigo. Talvez pelo seu amor aos livros e seu desejo de sonhar, de liberdade. A história toda ser narrada pela Morte, se passar na Alemanha durante a Segunda Guerra. Tudo isso me fascinou de uma forma indescritível.

Com o desenrolar da história, você se delicia com as peripécias de Rudy e Liesel, com a relação mega fofa entre Liesel e Hans ou simplesmente ri da constante raiva de Rosa. Ah, e simplesmente morre de vontade de conhecer Max, o judeu que se escondeu sob teto alemão.



Toda a história é bem pesada e madura, principalmente por retratar a Alemanha Nazista. Mas agora imagina como deve ter sido aquilo tudo aos olhos da Morte ...

Por falar da nossa narradora, engana-se quem acha que ela não tem coração ou mesmo que ela seja sequer parecida com o que nós, meros mortais, a representamos. Eis uma pequena descrição:


" Eu não carrego gadanha nem foice.
Só uso um manto preto com capuz quando faz frio.
E não tenho aquelas feições de caveira que vocês
parecem gostar de me atribuir a distância.
Quer saber a minha verdadeira aparência?
Eu ajudo. Procure um espelho enquanto continuo."

Depois de ler muitos "Saumensch", "Saukerl", "Arschloch" e "Fuhrer", você fechará o livro com tristeza e ao mesmo tempo adoração pela história e por Markus Zusak. E se você não o quiser ler, tudo bem. Mas lembre-se: 

"Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler"