Título: Cinquenta Tons de Cinza
Título Original: Fifity Shades of Grey
Editora: Intríseca
Autora: E L James
Ano: 2011
Páginas: 480
Sinopse:
Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja - mas em seus próprios termos.
Chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso - os negócios multinacionais, a vasta fortuna, a amada família - ele é um homem atormentado por demônios do passado e consumido pela necessidade de controle. Ao embarcar num apaixonado e sensual caso de amor, Ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, como também sobre os segredos obscuros que Grey tenta manter escondidos.
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“Assino ostensivamente a linha na linha
pontilhada de ambas as cópias e devolvo uma a ele. Dobro a outra, guardo-a na
bolsa e dou um bom gole no vinho. Estou parecendo muito mais corajosa do que na
verdade me sinto.
- Isso quer dizer que você vai fazer amor comigo hoje à noite, Christian? (...)
- Não, Anastasia, não quero dizer isso. Eu não faço amor. Eu fodo... com força. (...)”
- Não, Anastasia, não quero dizer isso. Eu não faço amor. Eu fodo... com força. (...)”
E é com esta, por si só bastante
explicativa, passagem que o livro Cinquenta
Tons de Cinza começa a ficar realmente interessante e, por assim dizer,
mostrar a que veio. Vale lembrar que isso vem depois de mais 80 páginas de pura
lenga-lenga, dúvidas, indecisões, “Será que ele me ama”, “Será que eu amo ele”,
“Eu não quero perdê-lo” e por aí vai.
Depois de muitos comentários, várias
semanas no topo dos mais vendidos (se eu não em engano ele ainda está no
pódio), decidi comprar e ver qual era a dele.
Comecei a ler... Ué passei da metade
do livro?... Como assim? Já terminei?... É, é bem assim, a leitura de Cinquenta Tons é extremamente rápida.
Não sei se pela escrita infantil, ou por diálogos e passagens extremamente
desnecessários como “Ah”, “ Oh”, “Eh” (por favor, não são gemidos) eu sei que
quando você vai ver, o livro chegou ao fim. Aí me pergunto “Por que todo esse
blá-blá-blá e murmurinho e Best-seller e
mais vendido e Top 3 etc.?” Eu tenho duas respostas possíveis:
Resposta número 1: Jogada de marketing. Sim, isso mesmo, jogada da mídia pra
que você consuma esse livro, e se acostume com essa temática, pois se prepare,
teremos um verdadeiro BOOM de livros com temática erótica e CTC está vindo pra arar o campo. Se você
for agora mesmo a uma livraria procurar sobre o tema achará uma boa quantidade
de livros a respeito, como por exemplo, a Trilogia
Erótica de Anne Rice ou Luxúria de
Eve Berlin.
Resposta número 2: Fãs loucas por Crepúsculo.
Como a grande maioria sabe CTC surgiu
como uma fan-fic da saga Crepúsculo, e se chamava Master of the Universe. Com o fim da
saga e com fãs crescidas e buscando uma história um pouco mais madura sobre
Bella e Edward, acabou fazendo todos nós consumirmos e tiramos nossas próprias
conclusões a respeito. Por sinal, são claras as referências à saga dos
vampiros, como por exemplo, personagens, alguns chegam a ser os mesmos, apenas
com outro nome.
Com relação ao sexo e a temática BDSM,
temos passagens muito excitantes, essas sim, bastante bem escritas, que pode
levar sua imaginação a um nível bem interessante. Achei bem legal toda essa
história de BDSM, e estou até pensando em criar um contrato para ter uma
relação Dominador/Submissa, as que estiverem interessadas é só deixar o e-mail nos
comentários. Brincadeiras a parte, curti
muito esse tipo de abordagem, porém estava ficando um pouco cansativo sexo a
todo tempo, mesmo assim, foi bastante válido.
Você pode dizer que eu estou alienado, ou completamente equivocado, mas
uma coisa eu tenho que confessar: Eu gostei do livro. “Mas Yan, depois de toda
essa crítica que você fez, todos os pontos negativos que abordou, como pode ter
gostado?” Eu não sei, eu só sei que acabei gostando e me afeiçoando por Ana e
achando Christian o cara mais foda do mundo. E se for pra apontar defeitos, vai
surgir uma pancada, como os citados acima, já elogios eu não consigo pensar
muitos, mas eu curti, é uma boa leitura, que não vai acrescentar em muita
coisa, mas vai divertir, é um livro legal e que eu até recomendo e quero muito pegar
os outros dois que restam e ver até onde vai toda essa história.